No dia 8 de setembro, a performance Salesman Of Revolt / Le ventre de l’Atlantique [Marinheiros da revolta/O ventre do Atlântico] realizada pelo artista componente da 36ª Bienal de São Paulo Hamedine Kane, em colaboração com Célia Reis, Jair Guilherme Filho, Cleide Aparecida Vitorino, Rodney Saint-Éloi e Saliou Seck. O evento acontece das 16h às 17h na instalação do artista, nos fundos do segundo pavimento.
Hamedine Kane (Nouakchott, 1983. Vive em Bruxelas, Paris e Dacar) é artista visual e cineasta. Com formação em biblioteconomia e estudos do livro, desenvolve uma prática que abrange vídeo, fotografia, performance e instalação, com foco em migração, fronteiras e saberes pós-coloniais. Dirigiu La Maison Bleue (2020), filme selecionado por festivais como IDFA (Amsterdã), Cinéma du Réel (Paris) e RIDM (Montréal).
Esta participação tem apoio do Institut français através do programa IF Incontournable, Villa Médicis x Fondation Louis Roederer e Instituto Sacatar
Célia Reis é poeta e ativista no movimento negro. Atua em cenários culturais de São Paulo, na literatura negra, periférica e feminista. Autora do livro Significância e de publicações em diversas antologias: Sarau da Brasa, Sarau Elo da Corrente, Sarau dos Mesquiteiros, Louva Deusas, Ilú Obá de Min, Me Parió Revolução, Cadernos Negros 45. Percursionista/Dançante no Bloco Afro Ilú Obá de Min. Educadora e Dra em História Social pela PUC/SP. Pesquisadora. Organizadora do livro: Epistemologias em Percursos Decoloniais.
Jair Guilherme Filho é artista visual, músico, poeta e professor de arte. Nasceu em São Paulo, capital, em 1963. É Mestre em Estética e História da Arte pela USP e diplomou-se em Artes Visuais na UNICAMP. Integra a equipe da Casa das Áfricas Amanar e o grupo de MPB Trio Porão. Dirige Balaio Ateliê de Artes Visuais.
Cleide Aparecida Vitorino é doutora em Direito Função Social do Direito, constitucional e Direitos Humanos. Pesquisadora e Consultora em Direitos Humanos com ênfase em direitos migratorio, mediação sócio intercultural, terceiro setor. Especialista em Dança e consciência corporal. Integrante Casa Áfricas Amanar, Humanitas360. Palestrante, escritora, docente e mentora.
Rodney Saint-Éloi (nascido em 1963) é um poeta, escritor, ensaísta e editor nascido no Haiti. Estudou literatura de língua francesa na Universidade Laval. A sua dissertação, Émergence de la poétique créole en Haïti, debruça-se sobre a história da língua crioula. No Haiti, fundou a editora Mémoire, a revista Cultura e a revista de arte e literatura Boutures. Rodney Saint-Éloi é autor de uma dezena de livros de poesia e traduziu uma dezena de obras do francês para o crioulo. Editou várias antologias e, em 2003, fundou a Mémoire d’encrier em Montreal, que se tornou uma referência para a literatura diversificada. Descobre escritores de diferentes origens (ameríndios, quebequenses, haitianos, senegaleses, indianos ocidentais, etc.) numa abordagem de “alteridade como fonte de futuro e solidariedade”.
Saliou Seck é músico percussionista e griô senegalês, descendente de uma tradicional família de mestres da música da África Ocidental. Com mais de 20 anos de trajetória profissional, acompanhou turnês de grandes músicos no Senegal e integrou renomados balés e companhias, como a École des Sables e a Cie Walou Dekoundo. Desde 2022, atua no Brasil no ensino e difusão dos ritmos tradicionais, formando novos percussionistas e construindo pontes culturais entre África e Brasil.
Contribuíram ainda com a produção da performance Denise Dias Barros e Mahfouz Ag Adnane, pesquisadores do grupo temático Link’ArtÁfricas-FAPESP.
Serviço
Performance – Salesman Of Revolt / Le ventre de l’Atlantique – Hamedine Kane
36ª Bienal de São Paulo – Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática
8 de setembro, 2025
segunda-feira, 16h
2º Pavimento
Pavilhão Ciccillo Matarazzo
Parque Ibirapuera, portão 3
Av. Pedro Álvares Cabral, s/n
São Paulo, SP
admissão gratuita