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6 set 2025–11 jan 2026
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Conversa – Vilanismo – 27 anos contrariando a estatística? – Dos 111 aos 121: resenha crítica sobre injustiças à brasileira e a necessidade de organizar o ódio de maneira estratégica

08.11 – 08.11.25
sáb, 14h – 15h

No dia 8 de novembro acontecerá a conversa 27 anos contrariando a estatística? – Dos 111 aos 121: resenha crítica sobre injustiças à brasileira e a necessidade de organizar o ódio de maneira estratégica. Participam dessa conversa Maurício Monteiro, Viny Rodrigues, e Ramo, do Vilanismo. O evento acontecerá das 14h às 15h no espaço do Vilanismo, no segundo pavimento.

Entre os números alarmantes 111 massacrados e a tragédia recente de 121, abre-se um abismo. Assim como Dorvi no conto de Conceição Evaristo ao se lembrar de seu juramento fraterno como oração para se manter vivo, “a gente combinamos de não morrer!”. Na fresta, três vozes — Maurício Monteiro, Viny Rodrigues e o Vilanismo — interrogam o presente sob a sombra da necropolítica e da gestão da vida negra e favelada, especialmente masculina, no Brasil. Pensar a organização do ódio como estratagema é também afirmar a urgência de seguir vivo, sentir este afeto, permanecer criativo, podendo até prosperar junto a quem amamos. O encontro se dá na instalação do Vilanismo no Pavilhão da Bienal, transformando o espaço em encruzilhada de memórias, números e corpos. A conversa propõe pensar a criação e a arte como forma de reescrever as estatísticas em vida.

Maurício Monteiro é educador e pesquisador nas áreas de memória e sistema prisional. Diretor do Instituto Resgata Cidadão (IReC), é pesquisador associado à FGV e ao Instituto de Estudos Brasileiros da USP (IEB-USP/Instituto Çarê). Egresso do sistema prisional, integra a 1ª Frente de Sobreviventes do Cárcere e é criador do canal Prisioneiro 84.901 no YouTube, dedicado à reflexão crítica sobre encarceramento e reintegração social.

Viny Rodrigues é mestre em ciência política pela PUC-SP, doutor em antropologia social pelo PPGAS-USP. Pesquisa concepções de raça/cor, gênero e classe social entre jovens das periferias urbanas. É produtor cultural e cofundador do Coletivo Sistema Negro (2014-2018) Trabalhou com o tema de diversidade e inclusão em diferentes instituições educacionais, culturais e museológicas como Itaú Cultural, Instituto Tomie Ohtake, MASP, SESC e SENAC. Atualmente é professor na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).

Vilanismo (fundado em 2021, São Paulo) é um coletivo de doze homens negros que atua na criação de espaços de resistência e afirmação no circuito artístico. Valorizam os conhecimentos ancestrais, experiências afro-indígenas e a construção coletiva, priorizando a autonomia e a criação de práticas sustentáveis. Em suas ações, rejeitam estereótipos e fetiches históricos impostos a corpos negros, subvertendo expectativas normativas e celebrando a abundância cultural. O grupo participou de eventos como o Baile do Vilanismo (Edifício Misericórdia, São Paulo) e a conversa-performance “Masculinidades Negras” (Instituto Moreira Salles, São Paulo). Atualmente, é composto por Diego Crux, Ramo, Renan Teles, Carinhoso, Guto Oca, Rodrigo Zaim, Rafa Black, Robson Marques, Denis Moreira e Daniel Ramos.

Esta participação tem apoio do The Order of New Arts.

Serviço
Conversa – Vilanismo – 27 anos contrariando a estatística? – Dos 111 aos 121: resenha crítica sobre injustiças à brasileira e a necessidade de organizar o ódio de maneira estratégica
36ª Bienal de São Paulo – Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática
8 nov 2025
sáb, 14h
espaço do Vilanismo, 2º andar
Pavilhão Ciccillo Matarazzo
Parque Ibirapuera, portão 3
Av. Pedro Álvares Cabral, s/n
São Paulo, SP
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