Conversa – Vilanismo – Diálogos Sul-Sul – África-Áfricas: provocações, conjuras e confabulações entre Vilanismo e Link’ArtÁfricas
No dia 8 de novembro acontecerá a conversa Diálogos Sul-Sul – África-Áfricas: provocações, conjuras e confabulações entre Vilanismo e Link’ArtÁfricas. Participam dessa conversa Denise Barros e Mahfouz Ag Adnane, do Link’ArtÁfricas; Denis Moreira e Ramo, do Vilanismo; e será mediada por Flávio Nogueira, também do Link’ArtÁfricas. O evento acontecerá das 15h às 17h no espaço das Invocações, no segundo pavimento.
Os encontros África-Áfricas: provocações, conjuras e confabulações entre Vilanismo e Link’ArtÁfricas têm como finalidade examinar as relações entre arte e academia, prática e teoria, reunindo artistas, pesquisadores e coletivos que atuam nesse campo de interseção. O primeiro encontro, intitulado “O que são as Áfricas hoje? Práticas e pensamentos entre arte e pesquisa”, inaugura o ciclo e propõe discutir as formas pelas quais “África” é concebida e representada em diferentes contextos, do Brasil a Angola, abrangendo espaços acadêmicos e de criação artística. O objetivo é estabelecer um espaço de diálogo que possibilite a formulação de questões e perspectivas sobre as relações entre produção artística, conhecimento e pesquisa.
Link’ArtÁfricas (iniciado em 2023) é um grupo de pesquisa sobre criações, engajamentos e pensamento artístico em contextos africanos dos anos 1980 aos nossos dias, que reúne pessoas de diferentes universidades brasileiras e africanas, com sede em São Paulo e financiamento da FAPESP. Realiza pesquisas individuais e coletivas. Como caminho heurístico, propõe-se uma metodologia de conexão entre autorias, criações, contextos e compreensão transdisciplinar, ancorada na pesquisa teórico-bibliográfica, com seminários somatórios, estudos de caso, pesquisa de campo e interação dialogada com artistas, curadores/as, historiadores/as e ativistas culturais. A reflexão sistemática alia-se à prática de construção diferencial de dados, a fim de tecer relações entre expressões artísticas enquanto pensamento da estética da plasticidade.
Denise Dias Barros é doutora em Sociologia pela USP e pós-doutora pelo Laboratoire systèmes de pensée en Afrique noire (École Pratique des Hâutes Études, CNRS), e foi pesquisadora residente do Institute for Advanced Studies de Nantes (2008, 2009). Possui extensa pesquisa sobre práticas culturais, migração e processos expressivos em contextos do norte e oeste africanos. Atualmente é pesquisadora responsável pelo Projeto temático Link’ArtÁfricas-FAPESP com sede na USP e docente do Programa de pós-graduação Interunidades em Estética e História da Arte da mesma universidade. É pesquisadora fundadora da Casa das Áfricas (Núcleo Amanar).
Flávio Nogueira é doutorando no Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo (USP), onde também obteve o título de mestre em 2024. Foi bolsista da FAPESP durante o mestrado, realizando pesquisa de campo na Cidade do Cabo (África do Sul) e em Adis Abeba (Etiópia), com foco em curadorias, produções visuais e práticas artísticas vinculadas às poéticas africanas contemporâneas. Pesquisador do Projeto temático Link’ArtÁfricas-FAPESP.
Mahfouz Ag Adnane possui graduação em História (Universidade Al-Azhar), dois mestrados em História (PUC-SP e Universidade do Cairo) e doutorado em História pela PUC-SP (2019). É professor visitante no Departamento de História da Arte da UNIFESP, pesquisador da Casa das Áfricas Núcleo Amanar e membro no Projeto Temático FAPESP sobre artes em contextos africanos. Dedica-se ao estudo das culturas e expressões artísticas saarianas, com ênfase em História Africana Contemporânea, festivais, artes visuais, música e resistência. Integra pesquisas sobre a Bienal de São Paulo e o cenário artístico de Marrakech.
Vilanismo (fundado em 2021, São Paulo) é um coletivo de doze homens negros que atua na criação de espaços de resistência e afirmação no circuito artístico. Valorizam os conhecimentos ancestrais, experiências afro-indígenas e a construção coletiva, priorizando a autonomia e a criação de práticas sustentáveis. Em suas ações, rejeitam estereótipos e fetiches históricos impostos a corpos negros, subvertendo expectativas normativas e celebrando a abundância cultural. O grupo participou de eventos como o Baile do Vilanismo (Edifício Misericórdia, São Paulo) e a conversa-performance “Masculinidades Negras” (Instituto Moreira Salles, São Paulo). Atualmente, é composto por Diego Crux, Ramo, Renan Teles, Carinhoso, Guto Oca, Rodrigo Zaim, Rafa Black, Robson Marques, Denis Moreira e Daniel Ramos.
Esta participação tem apoio do The Order of New Arts.
Serviço
Conversa – Vilanismo – Diálogos Sul-Sul – África-Áfricas: provocações, conjuras e confabulações entre Vilanismo e Link’ArtÁfricas
36ª Bienal de São Paulo – Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática
8 nov 2025
sáb, 15h
espaço das Invocações, 2º andar
Pavilhão Ciccillo Matarazzo
Parque Ibirapuera, portão 3
Av. Pedro Álvares Cabral, s/n
São Paulo, SP
entrada gratuita