Conjugações – TAF Conversation com Xiaoyu Weng, Trin Thi Nguyễn, Putu Sridiniari, Julia Bryan-Wilson, Korakrit Arunanondchai e Trương Công Tùng – Tanoto Art Foundation
No dia 6 de setembro, dia de abertura da 36ª Bienal de São Paulo, será realizada uma programação concebida pelo Tanoto Art Foundation. A ativação compõe as Conjugações, o programa público da 36ª Bienal de São Paulo, que visa reunir instituições de todo o mundo para conjuntar, explorar e celebrar coletivamente a humanidade. O evento acontece de 13h a 15h no Auditório do terceiro pavimento.
Esta edição da TAF Conversation se inicia com uma introdução por Xiaoyu Weng, diretora artística do TAF e membro do curadoria da documenta 16, seguido por exibição de trechos de filme de Trin Thi Nguyễn, apresentação sobre a obra de Murni por Putu Sridiniari, exibição de trechos de filme de Korakrit Arunanondchai e Tuấn Andrew Nguyễn, conversa entre Korakrit Arunanondchai, Trin Thi Nguyễn e Trương Công Tùng moderada por Julia Bryan-Wilson e performance de Trương Công Tùng.
Concebido como um encontro sincrético e híbrido, o evento se desenrola por meio de uma série de exibições, uma palestra, um painel de discussão e uma performance que exploram as relações entre a construção da memória e as tradições materiais. Os pensamentos, sons, palavras e movimentos apresentados neste espaço oferecem uma profunda meditação sobre a humanidade e a inteligência sensorial que ela compartilha com o mundo vivo e seus muitos seres.
Korakrit Arunanondchai (1986, Bangkok, Tailândia) entende a arte como um importante instrumento para contar histórias e proporcionar experiências de disrupção da linearidade temporal. Em sua obra, o artista vislumbra a possibilidade de criar reversos da história, propondo descontinuidades à causalidade para dar lugar à emergência de novas formas de convívio diante dos desafios do tempo presente. Trabalhando principalmente a partir do contexto cultural tailandês e de sua experiência como artista imigrante nos Estados Unidos, o artista investiga a relação entre as formas de organização social e os múltiplos rituais e mitos que estruturam a vida coletiva.
Trin Thi Nguyễn (1973, Vietnã) é uma pioneira da imagem em movimento, não só no panorama da arte contemporânea do Vietnã, mas também em toda a região do Sudeste Asiático. Sua formação em jornalismo, fotografia e estudos etnográficos fundamenta seu compromisso artístico com o cinema ensaístico, um método narrativo característico que ela explora em sua investigação da percepção, muitas vezes reutilizando imagens encontradas para criar narrativas históricas alternativas da memória.
Trương Công Tùng Exibiu extensivamente tanto no Vietnã quanto internacionalmente, como artista solo e como parte do Art Labor Collective. Seu trabalho também foi apresentado na 11ª Trienal de Arte Contemporânea da Ásia-Pacífico, em Brisbane, Austrália (2024), na Cloud Chamber Para Site, Hong Kong (2024); e em The Spirits of Maritime Crossing, organizada pela Bangkok Art Biennale Foundation como evento paralelo da 60ª Bienal de Veneza (2024).
Tuấn Andrew Nguyễn (1976, Saigon. Vive em Ho Chi Minh City e Irvine) explora o poder da memória como forma de resistência política, engajando-se com comunidades afetadas por colonialismo, guerra e deslocamento. Formado em Belas Artes pela University of California, com mestrado pelo California Institute of the Arts, dedica-se principalmente à produção de vídeo e escultura. Sua prática investiga apagamentos históricos impostos por projetos coloniais. Expôs no New Museum e na Whitney Biennial (Nova York), Aichi Triennale (Tokoname), Bienal de Dacar, Bienal de Sharjah e Bienal de Berlim. Suas obras integram coleções como Carré d’Art (Nimes), SFMoMA (San Francisco), MoMA e Whitney Museum (Nova York).
Murni (1966, Tabanan,– 2006, Ubud) foi uma artista autodidata que aperfeiçoou sua prática na Seniwati Gallery of Art by Women e sob a orientação do pintor I Dewa Putu Mokoh. Inicialmente formada no estilo Pengosekan, subverteu suas convenções para criar uma linguagem visual marcada por contornos simples e fundos monocromáticos. Sua obra explora temas como identidade feminina, desejo e trauma, reivindicando a agência do corpo com formas cruas e instintivas. Considerada “imoral” à época, hoje é reconhecida por transformar o discurso sobre a experiência feminina na arte contemporânea indonésia. Murni expôs na National Gallery of Australia (Canberra), na National Gallery Singapore e no Carnegie Museum of Art (Pittsburgh), entre outros.
Putu Sridiniari (1991, Ubud, Bali) Atualmente, passa a maior parte do tempo em Yogyakarta, após concluir o mestrado em Estudos Culturais (IRB) na Universidade Sanata Dharma. Sua pesquisa se concentra na estética e na semiótica no contexto pós-colonial balinês. Ela se formou em Design de Comunicação Visual na Universitas Pelita Harapan, em Karawaci, onde cria instalações conceituais, vídeos e impressões.
Julia Bryan-Wilson é professora de Arte Contemporânea e Estudos LGBTQ+ e docente principal do Instituto de Estudos de Sexualidade e Gênero da Universidade Columbia. Seus interesses de pesquisa incluem teoria feminista e queer, teorias do trabalho artístico, performance e dança, produção/fabricação, histórias do artesanato, fotografia, vídeo, cultura visual da era nuclear e práticas colaborativas. Bryan-Wilson é curadora-geral do Museu de Arte de São Paulo (MASP), onde coorganizou as principais exposições coletivas Histórias das Mulheres, Histórias da Dança e Histórias Queer. Sua exposição Louise Nevelson: Persistence foi um evento colateral oficial da Bienal de Veneza em 2022; e, com Andrea Andersson, foi curadora de Cecilia Vicuña: About to Happen, que estreou no Contemporary Arts Center de Nova Orleans em 2017 e viajou para o Berkeley Art Museum, a Henry Art Gallery, o ICA Philadelphia e o MOCA North Miami. Em 2024, atuou como presidente do júri internacional da 60ª Bienal de Veneza.
Tanoto Art Foundation é uma das primeiras fundações de arte privadas em Singapura dedicada a unir culturas e comunidades na Ásia-Pacífico, América do Sul e além, ao mesmo tempo em que constrói conexões novas e inexploradas. O objetivo da instituição é aprofundar a apreciação e o envolvimento com a arte, criando um espaço onde artistas, públicos e vozes diversas possam se reunir. Por meio de suas iniciativas, eles buscam envolver, educar e abraçar uma ampla gama de narrativas, ao mesmo tempo em que capacitam os artistas a compartilhar suas histórias com o mundo.
Serviço
Conjugações – Tanoto Art Foundation
36ª Bienal de São Paulo – Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática
6 de setembro, 2025
sábado, 13h
Auditório
Pavilhão Ciccillo Matarazzo
Parque Ibirapuera, portão 3
Av. Pedro Álvares Cabral, s/n
São Paulo, SP
admissão gratuita