Ativação – Sertão Negro – Gravura sertaneja: a colagravura a partir de plantas do Cerrado goiano como ativadoras de conhecimentos ancestrais
No dia 15 de outubro, acontecerá a oficina Gravura sertaneja: a colagravura a partir de plantas do Cerrado goiano como ativadoras de conhecimentos ancestrais, como parte de uma série de ativações do Sertão Negro na 36ª Bienal de São Paulo. A atividade acontece das 15h às 18h na obra do Sertão Negro, no primeiro pavimento.
Situado no cerrado goiano e estruturado sobre os princípios de quilombo e terreiro, o Sertão Negro possui alicerces na ancestralidade, na agroecologia, na arquitetura vernacular e nas trocas afetivas e pedagógicas que se constroem entre artistas, mestres, aprendizes e a comunidade do entorno. O espaço abriga práticas contínuas como aulas de cerâmica, gravura e agroecologia, capoeira angola e residências artísticas que promovem encontros entre diferentes linguagens e corpos.
Para a 36º Bienal de São Paulo, propõe-se uma série de ativações ao longo de toda a duração da mostra. A cada mês, dois momentos serão dedicados à partilha de práticas e processos que traduzem a vivência no Sertão: seja por gestos de corpo, de som, de conversa ou de fazer coletivo. Tratam-se de 10 ativações com caráter sensorial, pedagógico e performativo, que convidam o público a experimentar, ainda que por instantes, as imediações poéticas do Complexo Sertão Negro.
A ativação propõe a experimentação da técnica de colagravura como forma de ativar e conhecer os saberes ancestrais ligados às plantas medicinais do Cerrado goiano. A partir da coleta de espécies nativas realizada no Sertão Verde, projeto do Sertão Negro e Ateliê e Escola de Artes, a atividade propõe uma vivência artística que entrelaça memória, identidade e território. A prática da gravura por adição se torna um espaço de escuta e conexão com os mistérios da terra, revelando o Cerrado como um ser vivo, curador e ancestral. A escolha da cologravura, como mediadora, faz referência
à artista cubana Belkis Ayón, suas obras atravessam poeticamente, como o ato de gravar mistérios, processos e segredos de cura. São marcas na pele, gravando as histórias de identidade e cultura próprias de uma comunidade. Com mediação dos arte-educadores Xica e Augusto César, os participantes irão criar matrizes com folhas e elementos naturais, resultando na produção coletiva de um álbum de gravuras que celebra o conhecimento tradicional e a presença negra no sertão.
Serviço
Ativação – Sertão Negro – Gravura sertaneja: a colagravura a partir de plantas do Cerrado goiano como ativadoras de conhecimentos ancestrais
36ª Bienal de São Paulo – Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática
15 de outubro, 2025
quarta, 15h
obra Sertão Negro, térreo
Pavilhão Ciccillo Matarazzo
Parque Ibirapuera, portão 3
Av. Pedro Álvares Cabral, s/n
São Paulo, SP
admissão gratuita