Ativação – Sertão Negro – Cerâmica e conexão terra-mãos-memória

No dia 4 de janeiro, acontecerá a oficina Cerâmica e conexão terra-mãos-memória, como parte de uma série de ativações do Sertão Negro na 36ª Bienal de São Paulo. A atividade acontece das 15h às 18h na obra do Sertão Negro, no primeiro pavimento.

Situado no cerrado goiano e estruturado sobre os princípios de quilombo e terreiro, o Sertão Negro possui alicerces na ancestralidade, na agroecologia, na arquitetura vernacular e nas trocas afetivas e pedagógicas que se constroem entre artistas, mestres, aprendizes e a comunidade do entorno. O espaço abriga práticas contínuas como aulas de cerâmica, gravura e agroecologia, capoeira angola e residências artísticas que promovem encontros entre diferentes linguagens e corpos.

Para a 36º Bienal de São Paulo, propõe-se uma série de ativações ao longo de toda a duração da mostra. A cada mês, dois momentos serão dedicados à partilha de práticas e processos que traduzem a vivência no Sertão: seja por gestos de corpo, de som, de conversa ou de fazer coletivo. Tratam-se de 10 ativações com caráter sensorial, pedagógico e performativo, que convidam o público a experimentar, ainda que por instantes, as imediações poéticas do Complexo Sertão Negro.

Esta oficina aborda a memória da terra por meio da argila, de sua maleabilidade junto às mãos e de sua reativação. Os participantes serão instigados a ter um contato inicial com a argila por meio do amassá-la com as mãos por 20 minutos. Nesse período, com a participação da água, se aproximarão da memória familiar e individual por meio do universo plástico, maleável e ancestral da terra. Logo após, serão conduzidos a modelar recipientes onde serão impressos e desenhados vestígios da memória familiar e suas conexões com a terra. Ao final da experiência com a argila, os recipientes serão reunidos em um grande monumento à memória com a contribuição das impressões de cada participante.