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6 set 2025–11 jan 2026
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Song Dong

Song Dong

Hung Duong
Traduzido do inglês por Sylvia Monasterios

 

Um nome destacado na arte contemporânea chinesa, Song Dong narra suas histórias de expressão pessoal, reconciliação familiar e realidades vividas nos cenários de uma China em constante transformação. Com uma obra densa que abrange escultura, instalação, performance, fotografia e vídeo, seus trabalhos frequentemente são compostos de objetos cotidianos e efêmeros, aludindo à impermanência da mudança enquanto questionam hierarquias materiais em relação a temas pessoais e globais. Formado em pintura a óleo pela Faculdade de Belas Artes da Universidade Normal de Pequim em 1989, Song desconstruiu gradualmente as convenções de sua pintura, rompendo com ela antes de se voltar para formas de arte experimental e vanguarda após seu casamento com a artista Yin Xiuzhen em 1992. Entre seus projetos notáveis estão Water Diary [Diário de água] (1996), no qual registrou sua prática diária de escrever com água sobre pedra e observar sua evaporação, e a série Eating the City [Comendo a cidade] (2003-2006), realizada em diversas metrópoles, na qual instalações comestíveis destacavam a urbanização acelerada e o consumismo obsessivo da China.

Para a 36a Bienal de São Paulo, Song desdobrou suas indagações poéticas em torno do conceito de “emprestar”, como forma de refletirmos sobre nossa existência transitória e criarmos conexões em um mundo globalizado. Inspirada nos labirintos de espelhos comuns em Parques de diversões e no método tradicional chinês do feng shui, que usa espelhos e janelas para expandir o espaço interior ao trazer o mundo externo, Borrow Light [Emprestar a luz] (2025) é uma instalação espacial participativa que busca criar um vazio simbólico, enfatizando as conexões ilimitadas entre as pessoas enquanto evoca a fugacidade de nossa presença. As diversas cadeiras e luminárias da instalação, todas emprestadas de residências particulares, servem como lugares de pausa e iluminação que facilitam momentos efêmeros de contemplação. Brincando com elementos fluidos, como luz, reflexo e ilusão, a obra de Song mergulha o público em um universo infinito, onde nossas imagens e pensamentos se entrelaçam em uma luz prateada e brilhante.

Hung Duong
Traduzido do inglês por Sylvia Monasterios
Sala revestidas por espelhos, com muitas luminárias de diferentes modelos e tamanhos instaladas e abertura de entrada circular
Vista de Borrow Light, de Song Dong, durante a 36ª Bienal de São Paulo © Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo
Entrada circular de sala revestida por espelhos, com muitas luminárias de diferentes modelos e tamanhos instaladas
Vista de Borrow Light, de Song Dong, durante a 36ª Bienal de São Paulo © Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo
Sala revestida por espelhos, com muitas luminárias de diferentes modelos e tamanhos instaladas e abertura de entrada circular
Vista de Borrow Light, de Song Dong, durante a 36ª Bienal de São Paulo © Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo
Sala revestida por espelhos, com muitas luminárias de diferentes modelos e tamanhos instaladas e abertura de entrada circular
Vista de Borrow Light, de Song Dong, durante a 36ª Bienal de São Paulo © Natt Fejfar / Fundação Bienal de São Paulo
Sala revestida por espelhos, com muitas luminárias de diferentes modelos e tamanhos instaladas e abertura de entrada circular
Vista de Borrow Light, de Song Dong, durante a 36ª Bienal de São Paulo © Natt Fejfar / Fundação Bienal de São Paulo
Entrada circular de sala revestida por espelhos, com muitas luminárias de diferentes modelos e tamanhos instaladas.
Vista de Borrow Light, de Song Dong, durante a 36ª Bienal de São Paulo © Natt Fejfar / Fundação Bienal de São Paulo
Detalhe de lustre em sala revestida por espelhos, com muitas luminárias de diferentes modelos e tamanhos instaladas e abertura de entrada circular
Vista de Borrow Light, de Song Dong, durante a 36ª Bienal de São Paulo © Natt Fejfar / Fundação Bienal de São Paulo
Sala revestida por espelhos, com muitas luminárias de diferentes modelos e tamanhos instaladas e abertura de entrada circular
Vista de Borrow Light, de Song Dong, durante a 36ª Bienal de São Paulo © Natt Fejfar / Fundação Bienal de São Paulo
Sala revestida por espelhos, com muitas luminárias de diferentes modelos e tamanhos instaladas, e abertura de entrada circular
Vista de Borrow Light, de Song Dong, durante a 36ª Bienal de São Paulo © Natt Fejfar / Fundação Bienal de São Paulo
Sala revestida por espelhos, com muitas luminárias de diferentes modelos e tamanhos instaladas, e abertura de entrada circular
Vista de Borrow Light, de Song Dong, durante a 36ª Bienal de São Paulo © Natt Fejfar / Fundação Bienal de São Paulo

Song Dong (1966, Pequim. Vive e trabalha em Pequim) é um artista cuja obra, que abrange escultura, instalação, performance, fotografia e vídeo, explora temas como memória, autoexpressão, impermanência e a transitoriedade das realizações humanas. Utiliza objetos cotidianos e elementos efêmeros, propondo uma desestabilização das hierarquias materiais em diálogo com questões pessoais e globais. Iniciado na caligrafia ainda na infância, formou-se em pintura pela Capital Normal University. Sua produção foi apresentada em instituições como o Museum of Modern Art (Nova York), Centre Pompidou (Paris), Groninger Museum (Groningen), Haus der Kulturen der Welt (Berlim, Aleamanha) e Bienal de Liverpool, entre outros.

Esta participação tem apoio da Independent Curators International.