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6 set 2025–11 jan 2026
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Malika Agueznay

Malika Agueznay

Morad Montazami
Traduzido do inglês por Sylvia Monasterios

 

Pintora, escultora e gravurista, Malika Agueznay é uma mulher pioneira na arte moderna e contemporânea marroquina. Estudou na Escola de Arte de Casablanca entre 1966 e 1970, durante a era de ouro e a revolução pedagógica liderada por Farid Belkahia, Mohamed Melehi e Mohammed Chabâa. Agueznay é uma das poucas artistas mulheres que estudaram nesse período da Escola de Casablanca e que seguem em atividade até hoje. Sua trajetória se entrelaça com a de outros nomes fundamentais como Abdallah Hariri, Houssein Miloudi e Abderrahmane Rahoule.

Tornou-se conhecida por seu padrão icônico de algas, que se desdobra em diversas técnicas, da gravura à pintura (com ou sem relevo) e à xilogravura. O tema atua como estruturas celulares que crescem e proliferam organicamente em paisagens abstratas – um padrão polimorfo e fluido, usado tanto como estratégia visual quanto associado a textos caligráficos, entre arborescências botânicas e evocações antropomórficas femininas. Suas composições aquáticas ou atmosféricas, que fundem oceanos, constelações e sóis, podem ser lidas como uma resposta decorativa e feminina à arte cinética e minimalista ocidental.

Tornou-se conhecida por seu padrão icônico de algas, que se desdobra em diversas técnicas, da gravura à pintura (com ou sem relevo) e à xilogravura. O tema atua como estruturas celulares que crescem e proliferam organicamente em paisagens abstratas – um padrão polimorfo e fluido, usado tanto como estratégia visual quanto associado a textos caligráficos, entre arborescências botânicas e evocações antropomórficas femininas. Suas composições aquáticas ou atmosféricas, que fundem oceanos, constelações e sóis, podem ser lidas como uma resposta decorativa e feminina à arte cinética e minimalista ocidental.

Em 1981, integrou um grupo de artistas e ativistas (incluindo Melehi, Chabâa e Chaïbia Talal) convidados pelo psiquiatra Abdellah Ziou Ziou para organizar um programa artístico-colaborativo que incluía pinturas murais e cinema, envolvendo o hospital de Berrechid. O projeto visava reabilitar o papel da psiquiatria e dos pacientes na sociedade marroquina, evitando sua marginalização. Agueznay colaborou com a historiadora da arte e antropóloga Toni Maraini no programa dedicado às mulheres internadas.

Suas abstrações orgânicas têm múltiplos pontos de origem dentro de uma mesma cosmogonia ou sistema de signos.

Morad Montazami
Traduzido do inglês por Sylvia Monasterios
Rampa coberta por desenhos em formas orgânicas, em azul, vermelho e laranja sob fundo amarelo
Vista de Le Paradis sous les pas des mères, de Malika Agueznay, durante a 36ª Bienal de São Paulo © Natt Fejfar / Fundação Bienal de São Paulo
Rampa coberta por desenhos em formas orgânicas, em azul, vermelho e laranja sob fundo amarelo
Vista de Le Paradis sous les pas des mères, de Malika Agueznay, durante a 36ª Bienal de São Paulo © Natt Fejfar / Fundação Bienal de São Paulo
Rampa coberta por desenhos em formas orgânicas, em azul, vermelho e laranja sob fundo amarelo
Vista de Le Paradis sous les pas des mères, de Malika Agueznay, durante a 36ª Bienal de São Paulo © Natt Fejfar / Fundação Bienal de São Paulo
Rampa coberta por desenhos em formas orgânicas, em azul, vermelho e laranja sob fundo amarelo
Vista de Le Paradis sous les pas des mères, de Malika Agueznay, durante a 36ª Bienal de São Paulo © Natt Fejfar / Fundação Bienal de São Paulo
Rampa coberta por desenhos em formas orgânicas, em azul, vermelho e laranja sob fundo amarelo
Vista de Le Paradis sous les pas des mères, de Malika Agueznay, durante a 36ª Bienal de São Paulo © Natt Fejfar / Fundação Bienal de São Paulo

Malika Agueznay (Marrakech, 1938. Vive em Casablanca) é artista visual e pioneira da arte moderna no Marrocos, reconhecida como a primeira mulher modernista do país e integrante da experimental Escola de Arte de Casablanca. Sua obra se destacou na história das artes visuais marroquinas, desenvolvendo formas abstratas inspiradas em algas marinhas como motivo recorrente. Embora tenha sido influenciada por mestres como Mohamed Melehi e por colegas artistas, construiu um caminho próprio, explorando uma abstração que evocava a feminilidade e sua perspectiva singular. Sua produção foi apresentada na Schirn Kunsthalle, em Frankfurt, em exposição dedicada à Escola de Casablanca, reunindo cerca de 100 obras e documentos históricos do período.

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