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6 set 2025–11 jan 2026
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Laure Prouvost

Laure Prouvost

Deliasofia Zacarias
Traduzido do inglês por Rafael Falasco

 

Laure Prouvost é uma contadora de histórias. A artista desenvolveu sua prática partindo do cinema estrutural até chegar a uma forma única e sensorial de cinema expandido, testando de forma constante o potencial da imaginação na percepção da realidade e questionando convenções herdadas e dominantes de percepção. Seu trabalho combina desenho, escultura, imagem em movimento e recorrentes reinvenções das convenções dos meios que utiliza.

Ela emprega tecnologias de mídia de forma inventiva, atribuindo-lhes traços humanos, como sensações emocionais ou sensuais, e incorpora materiais orgânicos, como plantas, assim como elementos altamente industriais, criando instalações multimídia imersivas que estimulam a percepção e a imaginação do visitante por meio de uma experiência multissensorial. A artista explora as relações delicadas entre a percepção humana e as vastas forças – invisíveis, na maioria das vezes – que moldam nossa existência: forças mais-que-humanas que se estendem do nível subatômico da mecânica quântica às dinâmicas cósmicas e planetárias, expansivas e em constante transformação.

Para a Bienal, Prouvost montou uma nova instalação multimídia cinética e delicada, semelhante a um lustre, concebida especificamente para o espaço central do Pavilhão, conectando os níveis arquitetônicos e conceituais da exposição. A instalação é inspirada no poema de Conceição Evaristo e em seu convite para que se explorem outros caminhos e modos de ver, perceber, pensar, mover-se e, em última instância, de existir e de ser guiado por todos os sentidos. Seu componente central é uma planta trepadeira, incentivada a crescer livremente e encontrar seus próprios caminhos ao longo da duração da exposição, cujos sons de crescimento são amplificados no espaço. Como é característico de Prouvost, esse núcleo vivo é complementado por outros materiais orgânicos, como plantas secas encontradas e sementes – que podem cair sobre os visitantes enquanto percorrem a Bienal e ser carregadas para fora da exposição e espalhadas pelo mundo. Essas sementes naturais se juntam a materiais inorgânicos, incluindo seus icônicos seios de vidro, para seduzir e estimular a imaginação do público.

Seguindo ideias em torno da “ultrapassagem de limites”, a instalação explora noções de controle, sensualidade e o vasto campo do possível.

Deliasofia Zacarias
Traduzido do inglês por Rafael Falasco
Tecido rosa claro pendurado do teto, se estendendo pela altura de dois andares, com cabos levantando suas pontas inferiores. Na parte de cima, saindo de fissuras do tecido, escapamentos de carro pintados de marrom com plantas saindo de dentro deles.
Vista de Flow, Flower: Bloom!, de Laure Prouvost, durante a 36ª Bienal de São Paulo © Natt Fejfar / Fundação Bienal de São Paulo
Tecido rosa claro pendurado do teto, se estendendo pela altura de dois andares, com cabos levantando suas pontas inferiores. Na parte de cima, saindo de fissuras do tecido, escapamentos de carro pintados de marrom com plantas saindo de dentro deles.
Vista de Flow, Flower: Bloom!, de Laure Prouvost, durante a 36ª Bienal de São Paulo © Natt Fejfar / Fundação Bienal de São Paulo
Grande tecido rosa claro aberto, suspenso do teto, com peças redondas de vidro no meio. A estrutura remete à imagem de uma flor.
Vista de Flow, Flower: Bloom!, de Laure Prouvost, durante a 36ª Bienal de São Paulo © Natt Fejfar / Fundação Bienal de São Paulo
Tecido rosa claro pendurado do teto, se estendendo pela altura de dois andares, com cabos levantando suas pontas inferiores. Na parte de cima, saindo de fissuras do tecido, escapamentos de carro pintados de marrom com plantas saindo de dentro deles.
Vista de Flow, Flower: Bloom!, de Laure Prouvost, durante a 36ª Bienal de São Paulo © Natt Fejfar / Fundação Bienal de São Paulo
Tecido rosa claro pendurado do teto, se estendendo pela altura de dois andares, com cabos levantando suas pontas inferiores. Na parte de cima, saindo de fissuras do tecido, escapamentos de carro pintados de marrom com plantas saindo de dentro deles.
Vista de Flow, Flower: Bloom!, de Laure Prouvost, durante a 36ª Bienal de São Paulo © Natt Fejfar / Fundação Bienal de São Paulo
Tecido rosa claro pendurado do teto, se estendendo pela altura de dois andares, com cabos levantando suas pontas inferiores. Na parte de cima, saindo de fissuras do tecido, escapamentos de carro pintados de marrom com plantas saindo de dentro deles.
Vista de Flow, Flower: Bloom!, de Laure Prouvost, durante a 36ª Bienal de São Paulo © Natt Fejfar / Fundação Bienal de São Paulo
Tecido rosa claro pendurado do teto, se estendendo pela altura de dois andares, com cabos levantando suas pontas inferiores. Na parte de cima, saindo de fissuras do tecido, escapamentos de carro pintados de marrom com plantas saindo de dentro deles.
Vista de Flow, Flower: Bloom!, de Laure Prouvost, durante a 36ª Bienal de São Paulo © Natt Fejfar / Fundação Bienal de São Paulo
Grande tecido rosa claro aberto, suspenso do teto, com peças redondas de vidro no meio. A estrutura remete à imagem de uma flor.
Vista de Flow, Flower: Bloom!, de Laure Prouvost, durante a 36ª Bienal de São Paulo © Natt Fejfar / Fundação Bienal de São Paulo

Laure Prouvost (Lille, 1978. Vive em Bruxelas) é artista e cineasta cuja prática explora narrativas fragmentadas e poéticas, muitas vezes misturando ficção e realidade. Em vídeos, instalações imersivas, tapeçarias e objetos encontrados, cria universos que brincam com o absurdo e as falhas na comunicação. Suas obras abordam desejo, memória e deslocamento, desafiando a linearidade das narrativas. Vencedora do Turner Prize em 2013, realizou individuais no Palais de Tokyo (Paris), M HKA (Antuérpia), Kunsthalle Wien (Viena), De Pont Museum (Tilburg), PHI Foundation (Montreal), Bienal de Veneza (2019) e Bienal de Sydney (2020).

Esta participação tem apoio do Institut français através do programa IF Incontournable.

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